OPINIÃO: Fernando Henrique, um estadista entre nós
Marcos Lisboa
O aniversário de Fernando Henrique Cardoso, que hoje completa 92 anos, nos permite refletir sobre seu legado na política e nas instituições brasileiras. Sua presidência deu ao País políticas sociais inclusivas, e ainda que tenha cometido sua parcela de erros, os acertos foram muito mais numerosos – particularmente tendo em vista tudo que ocorreu no País nos últimos 15 anos.
Fernando Henrique é o primeiro a admitir que foi um ‘presidente acidental’.
Intelectual admirado por seus pares, a política nunca lhe foi estranha. Sempre hábil nas conversas, desde os tempos de faculdade congregava grupos de trabalho com uma surpreendente capacidade de seduzir e, ao mesmo tempo, de cutucar o interlocutor.
Seus principais trabalhos na academia sempre trataram das peculiaridades do Brasil – desde o começo como assistente de Florestan Fernandes, quando estudaram a mobilidade social e raça no Brasil meridional.
A USP dos anos 1950 valorizava a pesquisa aplicada, a análise de arquivos e dos dados na análise social com um rigor raro naquela época. Houve os franceses, como Fernand Braudel e Roger Bastide, de quem FHC foi assistente, e havia historiadores brasileiros de mão cheia, como Alice Canabrava, com quem ele também trabalhou.
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