A inflação de serviços não assusta mais
As engrenagens da política monetária estão funcionando, e o índice recua, mais aqui do que em boa parte do mundo.
Quando um banco central faz a avaliação dos riscos inflacionários para decidir a estratégia de política monetária, seu trabalho envolve um amplo conjunto de informações. Dentre elas, as trajetórias da inflação dos diferentes grupos de despesas que compõem a cesta do consumidor. Aqui, também, os detalhes importam. Se, por exemplo, a desinflação decorre de fator pontual — como o corte de tributos sobre combustíveis em 2020 ou as condições climáticas favoráveis derrubando os preços de alimentos in natura, como agora —, a notícia não é tão boa.
A inflação de serviços é um recorte bastante analisado, por ser particularmente impactada pelas condições do mercado de trabalho, onde a política monetária tem maior importância. Os serviços não são facilmente substituídos pela oferta externa e envolvem atividades que fazem uso mais intensivo de mão de obra, o que resulta em uma inflação mais rígida — no Brasil, a indexação de contratos é agravante.
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